Refletindo sobre o momento conturbado pelo qual o Brasil vem passando, Macacko, cantor e compositor capixaba e radicado no Rio, lança este ano "Humanifesta", seu terceiro álbum, sucessor de "Macaco, Chiquinho e o cavalo" (2010) e "Despontando para o anonimato" (2014).
O conceito de "Humanifesta" está apoiado nas relações humanas, nas manifestações (sociais, culturais, políticas e folclóricas) e nos ritos travestidos de festa. A produção ficou nas mãos de Juliano Gauche, artista capixaba, que tem três ótimos discos lançados - "Juliano Gauche" (2013), "Nas estâncias de Dzyam" (2016) e "Afastamento" (2018). O disco será o resultado do lançamento de três trilogias de singles que serão lançadas ao longo de 2019.
O vídeo de "Circo lar", que tem roteiro de Macacko e foi gravado no Circo Voado, aborda o circo como manifestação cultural para dar um retrato do momento em que vive o país, onde a cultura é colocada contra o muro pela truculência do Estado, que não tolera quem não compactue com suas ideias. Batida policial, roda de capoeira na Lapa e apreensão de livros são algumas cenas de pelas quais passa Macacko encarnado um palhaço que encontra sua trupe. Essa ficção foi inspirada na história de um palhaço cachaceiro, que abandona o circo por um amor e depois se arrepende. "Olhos Negros" é uma citação real retirada do diário do Palhaço Espoletão", avô de Tati Wou, que compôs a música com Macacko e Tchong.
Em "Circo lar" , Macacko transita com maestria pelo universo musical pop, que domina como poucos.
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