O Pará é um dos centros mais poderosos da música popular brasileira e possui uma concentração de talentos, que prima pela qualidade e pela diversidade. São gerações e gerações de músicos fenomenais... Mestre Vieira, Pinduca, Dona Onete, Fafá de Belém, Nilson Chaves, Pio Lobato, Félix Robatto, Aíla, Jaloo, Molho Negro, Lucas Estrela, Luê, Juliana Sinimbú, Arthur Nogueira, Strobo... eu poderia preencher linhas e mais linhas de nomes e ainda assim estaria apenas arranhando a superfície...
Além desses artistas, também contribuem para essa pujança várias cabeças pensantes, que escrevem, produzem, agitam e impulsionam a cena musical paraense, entre eles, está o COLETIVO PARQUET. O Parquet é formado por cinco radialistas: Ana Clara (cantora, compositora), Leo Bitar (produtor, pesquisador e dono da Discosaoleo, loja de discos, que é um verdadeiro centro cultural e também selo musical), Lucas Padilha (músico, compositor e produtor), Raul Bentes (apresentador, produtor e repórter) e Sammliz (cantora e compositora).
O "quinteto fantástico" produz conteúdos para a rede relacionados à cultura em toda sua multiplicidade. A empreitada começou no início de 2019 e a primeira ação foi o programa "Casa do Raio que o Parta". Nele, Coletivo apresentava um podcast ao vivo, com interação com o público. Programa dinâmico, divertido e elucidativo... todas as edições estão disponíveis no Spotify (link no final do texto).
Como o que é bem feito pode ficar melhor ainda, em abril desse ano, o Parquet abriu uma nova frente, o programa PRATELEIRA. Leo Bitar recebe um convidado, que escolhe um disco em seu fabuloso acervo... esse é o ponto de partida para um papo sobre as histórias do dito LP, que é filmado e disponibilizado no canal do Coletivo, no YouTube. A primeira edição foi com o produtor e radialista, Beto Faro e o assunto foram os discos gravados por Gilberto Gil e Caetano Veloso no exílio, em Londres. Na segunda edição teve AnaninDeusa, artista e DJ, falando sobre Banzeiro, da Dona Onete. Duas ótimas edições, que abordaram discos que são relevantes na música popular brasileira. Ao final de cada edição rola um bônus, a série "Compacto", em que Leo Bitar falando sobre os suportes analógicos.
Nessa sexta entrou no ar a terceira edição. Aproveitando minha passagem por Belém para participar e acompanhar o Festival Se Rasgum, um dos mais importantes do país, o Coletivo Parquet convidou-me para entrar na roda. O disco que escolhi foi objeto de um texto escrito aqui no "Encarte", no passado, quando completou 50 anos: Gal Costa, primeiro disco solo da cantora baiana e que é uma obra prima!
Acompanhem abaixo e aguardem as próximas edições do Prateleira. Em breve vocês poderão conferir os discos escolhidos pelo produtor musical Pena Schmidt e pelo jornalista Fernando Rosa.
DISCO É CULTURA E PEÇA DE RESISTÊNCIA!
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