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50 DISCOS NA PONTA DA AGULHA - 2023






Reconstrução... esta é a palavra que deu o tom de 2023.


Depois de seis anos de um desmonte, que virou calamidade nos últimos quatro, iniciamos mais uma tentativa de transformar Pindorama em um lugar decente, diverso e inclusivo. Neste novo caminho, convivemos com mais uma tentativa de golpe, com direito a imbecis orando para pneu, descerebrados abraçados a caminhões e até pedidos de intervenção militar e alienígena... sem esquecermos, é claro, de um congresso que transborda o suco do que de pior existe no país. No caso específico do setor musical, para além das adversidades citadas acima, ainda foi preciso lidar com a canalhice das plataformas digitais no trato com artistas. Se a arrecadação das empresas é cada vez maior, o ganho da turma chamada "independente", que já era pouco, caminha para a inexistência.


Eu poderia continuar a elencar ainda mais agruras pelas quais passa a música brasileira, mas prefiro, por ora, virar o disco e lembrar que 2023 foi repleto de lançamentos, do Oiapoque ao Chuí. Mesmo em fase de "desconstrução", o meio musical continua machista, mas ainda assim coube às mulheres o protagonismo nos principais lançamentos, como os álbunso de Àiyé, Alzira E., Ana Frango Elétrico, Iara Rennó, Luiza Lian e muitas e muitas mais. No mais, nosso "Homem Morcego", Jards Macalé, continua afiado; São João Gilberto, mesmo em outro plano, veio à baila com um registro sublime, gravado de 1998; algumas estreias chamaram a atenção pela maturidade, como Anna Vis, Babi Jaques & Lasserre, Ina, Loreta Colucci, Paola Pelosini e Tori; outros nomes mantiveram a pegada firme, como Ava Rocha, Ian Ramil, Julia Branco, Juliano Gauche, Rodrigo Campos, Romulo Fróes, Sara Não Tem Nome e Tatá Aeroplano... enfim, o que não faltou foram bons álbuns para agradar aos ouvidos mais diversos.


Para fechar o ano, preparei uma lista com 50 discos de 2023 para estarem na ponta da agulha. É claro que, como todas as listas, esta, certamente, comete injustiças, já que se limita a um número muito pequeno neste universo de bons lançamentos. Ela poderia ter muito mais títulos e ainda assim não daria conta de tudo que que saiu (e estou falando apenas dos álbuns, deixando de fora os singles e os EPs), inclusive, tenho certeza que, nesta última semana, mais bons trabalhos virão à tona.


Como das outras vezes, faço questão de me referir aos álbuns como “destaques” e não “melhores”.  Não acredito em julgamento de valor nessa questão artística, apenas selecionei alguns dos muitos que me chamaram a atenção e que servem como um recorte do que está acontecendo em nossa música, entre os vários possíveis.


A lista está em ordem alfabética e no final estão os links para os discos citados.


Bom Natal e um 2024 repleto de bons sons!


Jorge Lz


PS - Um agradecimento especial para uma turma que nos encheu de belezas e deixou uma obra eterna:


Astrud Gilberto, Bebeto Castilho, Carlos Colla, Carlos Lyra, Cynara, Dóris Monteiro, Germano Mathias, Ivan Conti, Juca Chaves, Lanny Gordin, Leny Andrade, Rita Lee, Sérvio Tulio e Zeca do Trombone.






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